segunda-feira, 13 de abril de 2009

chuva




A chuva com toda a sua sonoridade

invade o espaço para me alegrar,

adoro esse som mágico mais

ainda quando estou sozinho.

Esqueço o resto ou pelo menos

tento faze-lo pois há momentos que

não ouso sequer tentar. 

Faço por lembrar detalhes como o da chuva

e exploro toda sua força.

meu coração é como um livro
todo ele de linda poesia
muitas vezes até eu deliro
quando me falta tua companhia

deveras perdido na solidão
procuro resistir á loucura
e mesmo quando me sinto no chão
prometo não desistir da procura

procura essa que não termina
por causa dela minha alma grita
nos teus olhos que não de menina
mas sim de mulher muito aflita

numa tela uma pintura
de um momento inesquecível
para sempre uma gravura
de um sentimento apetecível

em teu mundo eu entrei
mas desde cedo entendi
que muito me aventurei
e muito mais eu aprendi



a ânsia me tirou a calma adquirida
quando não estou contigo querida


Eu queria ter a lua
e teus olhos lá pintar
não irei contar pra rua
esta vontade de te amar

a tua voz soa bem
mesmo no papel
me leva para alem
e deixa sabor a mel

estou doido por te ver
e de teu corpo tocar
morrerei de prazer 
se o nosso amor ganhar

perguntei a um colibri
se viu o meu amor
mas logo descobri
quem te viu foi um beija flor

oiço o vento soprar
temo pelo dente leão
quero muito te amar
junto ao meu coração

quem me dera ser o autor
dos livros que já leste
para veres a cor do amor
como eu vejo desde q apareceste

falo mais que um Gaio
sei que sou falador
e tu chamas-me papagaio
mas por ti sofro de amor

se eu fosse de Lisboa
morava na Mouraria
podes não ser toda boa
mas imagina o que eu faria

se em teus olhos espelha-se
todo amor que tenho na alma
nem que eu me esfarrapa-se
para que te sentisses calma

tudo isto tem direcção
mesmo estando distante 
mas mantenho a condição
que meu amor é constante


Amo a noite! Amo a antiga palidez do luar!
A flor presa aos cabelos soltos de algum ramo!
Uma folha que cai! Um perfume no ar
onde um desejo extinto sem querer inflamo!

Amo os rios! E a estranha solidão em festa,
dessa alma que possuo multiforme e inquieta
como a alma multiforme e inquieta da floresta!

Amo a cor que há nos sons! Amo os sons que há na cor!
E em mim mesmo - amo a glória de sentir-me um Poeta
e amar imensamente o meu imenso amor!.


madruga

Sem comentários:

Enviar um comentário